terça-feira, 24 de abril de 2012

Liberta a dor dos rubro-negros

Antes de iniciarmos, quero deixar bem claro o que significa a palavra planejar. Planejamento é uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina. Sendo, portanto, o lado racional da ação. Tratando-se de um processo de deliberação abstrato e explícito que escolhe e organiza ações, antecipando os resultados esperados. Esta deliberação busca alcançar, da melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos. Pois bem. Agora pare e pense, porque o Flamengo foi eliminado precocentemente das duas competições que disputou no 1º semestre: Campeonato Carioca e Libertadores. Você pode até afirmar que estadual é ultrapassado, que ninguém se importa e bláblábláblá.... Ok! Mas, e o torneio mais importante para os clubes brasileiros? Será que a Taça Libertadores da América não merece, no mínimo, mais consideração? Ou, espera lá! Qual é o principal objetivo dos times no Brasil? Certamente é aquele certame, que te dá condição de disputar o Campeonato mais importante do mundo, em termos de clubes, que é o Mundial Interclubes no final do ano. Alguns tentam disfarçar e afirmar que perder a Liberta não tem problema, caso do Presidente do Corínthians, Mário Gobi. Talvez ele seja mais um desses dirigentes, que pouco se importam para o torcedor que sofre. No CR Flamengo, a situação é ainda mais crítica. Eliminado na 1ª fase de grupos do torneio, neste ano, a diretoria rubro-negra foi no mínimo negligente, com um paciente em estado terminal. Uma verdadeira eutanásia. Depois de quase ser rebaixado no Brasileirão, em 2010, o time da Gávea contratou Wanderley Luxemburgo e com ele um planejamento de médio a longo prazo. Do dia em que assumiu, até o dia de sua demissão, o trabalho era feito conforme o traçado. Mas, por problemas políticos, vaidade, intransigências, entre outros fatores que culminaram com a queda do treinador. O planejamento, a que nos referimos no início do texto, não pôde ser executado. No final das contas, quem paga é o torcedor, que trabalha, economiza seu dinheiro para ir ao estádio torcer, incentivar seu time e recebe em troca uma nota de esclarecimento que diz: fechado para balanço. Sem ganhar uma Liberta, desde 1981, o Flamengo caminha como uma empresa que agoniza até o momento de pedir concordata ou quem sabe, até declarar falência.

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